terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

MÍDIA E CONTROLE SOCIAL

Amigos, talvez não seja de conhecimento público que o FACEBOOK CONTROLA, através de ALGORÍTIMOS MATEMÁTICOS AVANÇADISSÍMOS [parecidos com os do Google] os conteúdos aqui publicados. Quem vai ler “O QUÊ”, “QUANDO”, “ONDE” E “ATRAVÉS DE QUEM”. Ou seja, o sistema analisa as nossas curtidas, ou aquilo que simplesmente visualizamos sem curtir; ou ainda, aquela breve parada, despretensiosa em frente de um vídeo que agora, se desenrola em nossas telas, sem que você ou eu cliquemos; ou mesmo, por fim aquilo que compartilhamos e nossos comentários. O sistema atribui uma valoração a cada ação ou suposta inação nossa, dentro do sistema – leia-se Facebook. Mesmo àquela parada que falei acima, na frente de um vídeo que foi publicado por um amigo, ou pelo “amigo do amigo”, não é interpretada como uma inação, mas sim como a captura imagética de nossas atenções por um determinado assunto. A partir de análises matemáticas avançadíssimas, o sistema vai elaborando o perfil dos usuários, dos bairros, das cidades, dos Estados, dos países; as pessoas são catalogadas em grupos, e de acordo com o “bloco histórico” ou momento da vida social, os conteúdos são direcionados, recortados, desviados, recomendados, entre outras ações possíveis. O face aproxima às afinidades e separa às dissensões quando lhe convém. Quem nunca percebeu que, repentinamente, alguns amigos “desaparecem” da sua “timeline” (linha do tempo); ou “estranhamente” parou de “curtir” seus comentários; ou quiçá de comentá-los. Nesse sentido, a pessoa fica tentada a pensar que “fulano” ou “sicrano” não “gosta” mais dele ou dela. Como disse acima, se você tem 300, 500, 800, 1000, ou mais amigo; ou mesmo que você só tenha 100, e se 70% deles publicassem no face e tudo fosse apresentado a você, e presumindo que você lesse por dia 50% dessas noticias, e demorasse 10 mim por post; neste caso (100) você permaneceria “cooptado” pelo facebook por quase seis (06) horas ininterrupta. No caso de se ter 1000 amigos à conta seria de 58, 333 horas para se dar conta de tudo. Percebe-se que neste processo, as “amizades” são fluidas; decorrem e dependem de um mediação mecânico-computacional. O perigo esta precisamente aí, quando as pessoas não se dão conta disso; e, este modo de ver a vida, toma conta delas e passa a conduzir a visão de mundo do indivíduo; sua subjetividade. Então, seu modo de se relacionar com o real concreto vai tornando-se opaco; as fronteiras vão ficando borradas e, conseqüentemente, os valores, e as certezas da vida, que dão sentido ao modo equilibrado e ético de se portar vai ficando comprometido. Agora pasmem, todo este poder do face é canalizado primeiramente ao lucro; sim, o face impõem, randômica e intencionalmente, seu ‘marketing’ que apesar de sutil, é deveras agressivo. Criado em 2004, para troca de msg entre os alunos de uma universidade americana; o Facebook atingiu no final de 2015 o valor de mercado de US$ 306 bilhões, quatro anos depois de realizar sua oferta pública inicial de ações (IPO), quando foi avaliado em mais ou menos, US$ 104,2 bilhões. A rede social foi a primeira empresa do índice Standard & Poor’s 500, a alcançar este valor de mercado de forma tão vertiginosa. O Recorde anterior era do Google, que levou oito anos. Isto coloca esta rede acima de redes físicas do capital como a gigante General Eletric (US$ 300 bilhões), um dos símbolos do capitalismo americano e ao lado da gigante do trading Amazon (US$ 307 bilhões). Recentemente, essa poderosa holding, incorporou a sua massa de comunicação o Instagran e o WhatsApp. Concluindo, este valor não veio “à toa”, por nada; o maior poder, do face, está no controle mediador da comunicação de massa. Em sua capacidade de mediar intencionalmente toda a construção simbólica de um grupo (não sei se exagero quando digo mesmo de um povo). Por essa e outras deveríamos parar de usar o face? De jeito nenhum; toda tecnologia é importante e benéfica; o que devemos fazer é adquirir senso crítico, que nos permita avaliar e usar tudo com sabedoria; sem perder a alegria, à ternura, e a solidariedade da vida real, ou seja, sem perdermos a nossa humanidade. Na rotatividade da timeline do face, onde tudo é controlado e passa; ser radical às vezes, é publicar suas palavras no espaço reservado as suas “Notas” e em seu Blog, porque esses não somem na aleatoriedade caótica das opiniões... pelo menos enquanto você pagar o domínio ou... “hasn’t passed away” - bate na madeira...rsrsr.