quinta-feira, 22 de maio de 2008

O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA - UMA ADVERTÊNCIA

Anthony Giddens, sociólogo do novo trabalhismo inglês, autor de vários livros importantes, tais como "conseqüências da modernidade", etc., responsável pelo conceito de "modernidade tardia" entre outros, certa vez, em uma entrevista, falou da importância dos valores culturais, da "bagagem" que as pessoas, por mais humilde que sejam, trazem. Falou que muitas vezes somos tentados do alto de nossos conhecimentos filosóficos científicos, à acreditar, que essas experiências são enganadoras e não valem nada; a religião, a fé, o senso comum, o conhecimento pré-científico, etc. formas distintas que são de se conhecer as coisas, de lermos o mundo; de acreditarmos naquilo que parece impossível; devem ser descartadas, devem ser esquecidas...em detrimento do "conhecimento sistematizado" ou daquele sistema filosófico especifico; Giddens, sustentou que essa bagagem era importante e que não se podia argumentar que o conjunto de crenças das pessoas era menos verdadeiro ou importante do que os nossos, e eu faço desta posição o ponto de partida para reforçar a advertência de que mesmo o pensamento complexo que busca romper com a linearidade cartesiana, pode reconduzir a mecanicidade que se tentou romper...por isso de tudo o que ouvir, de tudo o que fizer, guarde os teus princípios...a tua fé...a tua esperança...mas, esteja aberto a mudanças sem esquecer que a vida é muito mais do que apenas sistemas e conjecturações mentais, e que está para além do racional seja ele empírico, relativista ou quântico.

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O Por uma (neo)educação crítica.

Começando...vamos buscar entender em que bagunça nós estamos metidos...
"São as condições concretas do trabalho na sociedade que forçam o conformismo e não as influências conscientes... a impotência dos trabalhadores não é mero pretexto dos dominantes, mas a conseqüência lógica da sociedade industrial... só os dominados aceitam como necessidade intangível o processo que a cada decreto elevando o nível de vida, aumenta o grau de sua impotência. Agora que uma parte mínima do tempo de trabalho à disposição dos donos da sociedade é suficiente para assegurar a subsistência daqueles que ainda se fazem necessários para o manejo das máquinas, o resto supérfluo, a massa imensa da população, é adestrada como um guarda suplementar do sistema, a serviço de seus planos grandiosos para o presente e o futuro. É sustentada como um exército de desempregados... o absurdo dessa situação... denuncia como obsoleta a razão da sociedade racional".
Adorno/Horkheimer "Dialética do Esclarecimento"......
Vislumbra-se portanto, o quanto se faz necessário um pensamento em movimento... (da criação à superação). Sustentamos que dentro da recursividade e da complexidade deste pensamento (qual uma trama em movimento); entendemos que a consciência é levada à autonomia pela reflexividade quântica do intelecto ativo que pavimenta as cisões da realidade constitutiva, a qual o individuo está submetido por força das diversas tensões alienantes, esse ato não mais se dá linearmente mas de forma complexa e, de forma dialógica.