domingo, 19 de agosto de 2012
Ainda sobre o velho barbudo...
E, no exilio em Londres, Karl Marx que era alemão e fluente em inglês e grego; afirmou em francês: "JE NE SUIS PAS MARXISTE"...
Mas, ... falando sobre o velho "FETICHE DA MERCADORIA" temos que:
O caráter misterioso da forma-mercadoria consiste em que ela apresenta aos homens as características sociais do trabalho que a produziu, como se fossem características objetivas próprias do produtos do trabalho; ou seja: como se fossem propriedades sociais inerentes a essas coisas; e, portanto, reflete também a relação social dos produtores com o trabalho global como se fosse uma relação social de coisas existentes para além deles. É através desse "quiproquó" que esses produtos se convertem em mercadorias, coisas a um tempo sensíveis e suprassensíveis (isto, é, coisas sociais).
Também a impressão luminosa de um objeto sobre o nervo óptico não se apresenta como uma excitação subjetiva do próprio nervo, mas como a forma sensível de alguma coisa que existe fora do olho. Mas, no ato da visão, a luz é realmente projetada por um objeto exterior sobre outro objeto, o olho; é uma relação física entre coisas físicas. A relação entre a forma-mercadoria e o valor dos produtos do trabalho [na qual aquela se representa] não tem a ver absolutamente nada com a sua natureza física - nem com as relações materiais dela resultantes. [Mas,] É tão somente, uma relação social determinada entre os próprios homens, que adquire aos olhos deles a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas.
Para encontrar algo de análogo a este fenômeno, é necessário procurá-lo na região nebulosa do mundo religioso. Aí os produtos do cérebro humano parecem dotados de vida própria, entidades autônomas que mantêm relações entre si e com os homens. O mesmo se passa no mundo mercantil com os produtos da mão do homem. É o que se pode chamar o fetichismo que se aferra aos produtos do trabalho logo que se apresentam como mercadorias, sendo, portanto, inseparável deste modo de produção.
Releitura sobre o "fetiche da mercadoria" - K. Marx. "O Capital"
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